Restaurantes do Passadiço de Monte Gordo

Contei-vos recentemente que gosto de ir passar fins de semana de maio e junho a Monte Gordo, onde tenho uma casa de uns familiares à disposição. Essa é a altura em que deixo as filhas em Lisboa entregues a si próprias e vou namorar com o meu marido. E também contei aqui que o Passadiço de Monte Gordo dispõe de uma série de restaurantes na linha da praia, ótimos para “date nights”.

Dos 13 restaurantes existentes, já visitei cinco e elegi dois como sendo os melhores. No entanto, fiquei a pensar que era um bocadinho injusto não falar também dos outros três que visitei porque peixe fresco têm todos e por isso em nenhum se come mal. Na verdade, o que os diferencia é o ambiente e o serviço.

Portanto, hoje resolvi escrever sobre A Barraquinha, o Mar Salgado e o Coco Bambu, por ordem de visita. Começamos mal, porque A Barraquinha foi o menos bom.

Sou muito sensível à decoração de espaços, aprecio os tons sóbrios e os detalhes delicados. Gostei bastante do ambiente d’A Barraquinha, despretensioso mas elegante, com um sofá para um primeiro drink cheio de almofadas mesmo a lembrar uma casa de praia, os tons de azul que propiciam o relaxamento, as plantas artificiais mas com bom gosto.  Também gostei dos painéis de pano do teto. Mas embora não tenha havido um conflito direto, o atendimento pareceu-me tenso, o que contrastou bastante com a sensação inicial. Ao entrar, escolhemos uma mesa que nos disseram estar reservada e por isso indicaram-nos outra mais para trás, onde não ficámos mal porque também ficava ao pé da janela lateral. Só que estivemos lá desde as 19.00 até cerca das 22.30 e não apareceu mais ninguém. Na noite em que lá jantámos as únicas duas mesas ocupadas foram a nossa de quatro pessoas (as minhas filhas foram connosco dessa vez) e a de outro casal ainda mais atrás do que nós. Isto foi em 2018 e nunca mais lá voltámos.

O Mar Salgado é mais típico. Oferecem um peixe fresco espetacular, mas este ano notei que é um pouco barulhento. Fomos lá os quatro uma vez no ano passado numa altura em que se começavam a aligeirar as restrições decorrentes da pandemia e por isso jantámos sozinhos no roof top. Fomos muito bem atendidos. Foi muito agradável começar com uma sangria de frutos vermelhos, bem fresquinha, e ver a praia a escurecer. Sinceramente já não me lembro o que os meus acompanhantes pediram, sei que foi peixe e sei que estava bom. Eu optei pela espetada de tamboril com gambas. Recomenda-se.

No último fim de semana de maio fomos pela primeira vez ao Coco Bambu. O ambiente selvático tem imensa graça, o empratamento é bonito de se ver e o serviço extremamente atencioso. Quando chegámos estavam as janelas laterais todas abertas e à medida que o tempo foi passando começou a ficar um bocadinho frio. A páginas tantas eu pus o meu casaco pelos ombros e dois segundos depois já estavam a fechar a janela atrás de mim. E este pequeno gesto caiu muito bem.

O meu companheiro de viagem pediu a Garoupa Braseada ao Molho de Caldeirada e Legumes Mediterrâneo e eu a Tentação de Polvo que veio acompanhada com batata assada com casca e legumes à moda do Algarve. Estavam os dois ótimos: a posta de garoupa super alta e bem grelhada; o polvo sem gordura e tão tenrinho. Não consigo decidir qual dos dois pratos estava melhor. E no fim, deixámos o moço escolher uma sobremesa por nós. Trouxe-nos uma “Sedução de chocolate”. OMD, definitivamente, fiquei seduzida! 



Depois no domingo tentámos almoçar na Dona Bela, mas já era uma da tarde quando chegámos sem reserva e, claro, já havia fila de pessoas à espera, por isso não deu. Fomos até à outra ponta do passadiço para experimentar o Restaurante do Agostinho. Ainda estava vazio, mas aparentemente as mesas da linha da frente junto às janelas estavam todas reservadas e só havia uma mesa disponível a meio da sala. Como achei que o distanciamento entre as mesas não era o ideal, demos meia-volta e fomos ao Eddy, que não fica no passadiço, mas pelo menos tem espaço ao ar livre.

That’s all folks!


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