Peixola – Grupo Champ – Cais do Sodré
Uma das desvantagens de
se trabalhar no centro da cidade e num sítio turístico é não haver muitas
possibilidades de escolha para se almoçar em restaurantes baratos e bons. E uma
pessoa não pode ir todos os dias ao MacDonalds, certo? Mas em compensação há
muita diversidade no que diz respeito a sítios giros.
Um destes dias fui
almoçar com uma amiga ao Peixola, um restaurante descontraído, com um serviço
simpático e uma ementa baseada em pratos de peixe. Em termos de ambiente, diria
que é um restaurante de bairro um bocadinho mais sofisticado. Tem um balção
arredondado a circular o bar que ocupa grande parte do espaço, cadeiras de
madeira com almofadinhas a toda a volta, no teto três candeeiros giros e umas
decorações nas paredes engraçadas em forma de peixe. A parede da direita prolonga-se
para se transformar num banco de pedra acompanhado por algumas mesinhas metálicas
mínimas (2 pax max) e uns banquitos redondos de pedra. Até são giros, mas, tal
como todos os bancos, não abonam em conforto. A louça é colorida e desconexa, o
que ajuda a criar um ambiente alegre e com bom aspeto.
Começámos com um “camarão salteado com rum malagueta e leite de coco” que dividimos. Bem-bom, com um travozinho picante suave a fazer toda a diferença. Para prato principal, eu optei pelo “camarão black tiger com puré trufado e maionese kimchi” e a minha amiga pela “corvina em crosta de nori com trigo sarraceno e molho miso”.
O meu camarão veio num
prato tão bonito (!) e soube-me muito bem. Em termos de sabores, não tenho nada
de negativo a apontar. No entanto, de tigre não tinha nada, já comprei camarão maior
na peixaria do Continente.
O Tripadvisor diz que o
restaurante oferece opções vegetarianas e sem glúten, mas não. Deve ser uma nova
frase que agora, como evitar o glúten está na moda, acrescentam em toda a
parte. O problema é que há pessoas que são mesmo intolerantes ao glúten e
precisam de saber a verdade…
Agora dando um passo
atrás, notem que este reparo não tem nada a ver com algum tipo de desagrado com
o restaurante, antes pelo contrário, o problema foi identificado e a solução
foi encontrada com solicitude. Ou seja, a corvina da minha amiga foi
reinventada à pressão, tiraram-lhe o trigo sarraceno, acrescentaram não me
lembro o quê, e o resultado foi excelente. Parece que estava muito bom.
E ainda servem para fora, o que vem sempre a calhar.
E pronto. Saímos de lá divertidas e com a conversa em dia e depois fomos tomar café em frente ao rio antes de voltar a trabalho. Se vou voltar ao Peixola? Ainda não sei. Tenho mais curiosidade em visitar o Ferroviário, do mesmo grupo, nem que seja só para um brunch.
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